Sedã derivado do Polo começa a ser vendido a partir de R$ 59.990, mas versões turbo partem de R$ R$ 73.490. Espaço e equipamentos de segurança são destaque; cabine não anima.
Queijo e goiabada, arroz e feijão são ótimos exemplos de duplas que são preferência nacional. Ainda que não produza alimentos, a Volkswagen espera que outra dobradinha, composta por Polo e Virtus, alcance o mesmo nível de sucesso.
Neste menu degustação, o primeiro “prato” foi o Polo, que começar a se destacar nas vendas. O segundo chega agora com a versão sedã, que tem nome e proposta diferentes, mas carrega carga semelhante de responsabilidade.
O Virtus vai partir de R$ 59.990, mas, com o motor turbo começa em R$ 73.490.
O Virtus segue a receita do cardápio enxuto da Volkswagen. A versão de entrada é equipada com motor 1.6 de 117 cavalos e câmbio manual de 5 marchas. As outras duas possuem 1.0 turbo de 128 cv acoplado ao câmbio automático de 6 marchas.
O Virtus chega para preencher a lacuna que existe entre o Voyage e o Jetta. Mas, pelo menos em porte e nível de equipamentos, o novo sedã se aproxima do modelo médio, que ganhou nova geração e ficou maior.
Com 4,48 metros de comprimento, 2,65 m entre-eixos e porta-malas com capacidade para 521 litros, ele é só 18 cm mais curto do que o Jetta atual. O entre-eixos é idêntico, e o compartimento de cargas do Virtus é até 11 litros maior.
Credenciais apresentadas, chama a atenção a boa oferta de espaço interno.
No banco traseiro, um passageiro de 1,75 metro consegue praticamente dobrar as pernas. O assento acomoda bem 2 adultos na largura. O terceiro tem bom espaço para as pernas, mas o assento é um pouco mais curto do que os laterais.
A chave para oferecer espaço de sedã médio com uma carroceria menor está na plataforma MQB A0, já utilizada pelo Polo em uma versão mais curta. A versatilidade dela coloca o Virtus em vantagem diante de boa parte de seus concorrentes.
Falando neles, o Virtus vai encarar sedãs diversos. A versão de entrada, que deve representar 30% das vendas, chega para rivalizar com Chevrolet Prisma e Hyundai HB20S – rivais em comum com o próprio Voyage. Tudo isso na casa dos R$ 60 mil, que é o preço inicial, o do Virtus com motor sem turbo 1.6 litro.
Já as opções mais caras, com motor turbo, que, segundo a montadora, responderão por 70% das vendas, terão embates com Honda City (que muda em fevereiro) e Chevrolet Cobalt.
O Virtus 1.0 turbo traz, de série, freio a disco nas 4 rodas e controles de tração a estabilidade. Ele é o único modelo entre os rivais a oferecer tais recursos de segurança.
Foi com este conjunto que o G1 avaliou o sedã em um autódromo e em um trecho rodoviário no interior de São Paulo.
Os centímetros extras no comprimento fizeram bem ao Virtus.
O sedã é mais equilibrado e obediente do que o Polo, que, por sinal, já é um carro bem acertado.
E, assim como no hatch, a suspensão agrada por não ser rígida demais, como é usual da fabricante alemã.
O motor 1.0 turbo garante desempenho mais que satisfatório, colocando o Virtus entre os sedãs mais ágeis do mercado.
Ainda que a proposta do carro não seja a esportividade, o sedã acelera de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos, segundo a marca.
O câmbio automático de 6 marchas não compromete, e poderia ser um pouco menos indeciso em baixas velocidades.
Ele também permite trocas manuais, feitas por meio de aletas atrás do volante.
Alarme, ar-condicionado, computador de bordo, fixação Isofix, rádio com entrada USB, travas e vidros elétricos e 4 airbags (frontais, obrigatórios e laterais).
Opcionais
Connect Pack: central multimídia, volante multifuncional, computador de bordo, controles de tração e estabilidade, rodas de liga leve de 15 polegadas e sensor de estacionamento traseiro.
Safety Pack: controles de tração e estabilidade.
Mesmos itens da 1.6 MSI, mais controles de tração e estabilidade, sensor de estacionamento traseiro, assistente de partida em rampas, volante com ajustes de altura e profundidade, retrovisores elétricos, central multimídia, rodas de 15 polegadas e volante multifuncional.
Opcionais
Pacote Tech 1: acesso sem chave e partida por botão, controle de velocidade de cruzeiro, sensor de estacionamento dianteiro, retrovisor interno antiofuscante, rodas de 16 polegadas, sensores de luz e chuva e aletas para trocas de marcha no volante.
Pacote Tech 2: mesmos itens do Tech 1, mais indicador de pressão dos pneus, porta-malas com ajuste de espaço, ar-condicionado digital, câmera de ré, detector de fadiga, frenagem pós-colisão e porta-luvas refrigerado.
Mesmos itens da Comfortline, mais acesso sem chave e partida por botão, controle de velocidade de cruzeiro, rodas de 16 polegadas, ar-condicionado digital e luz de condução diurna em LED.
Opcionais
Bancos de couro, banco do passageiro dianteiro rebatível, rodas de 17 polegadas.
Pacote High: sensor de estacionamento dianteiro, indicador de pressão dos pneus, porta-malas com ajuste de espaço, câmera de ré, detector de fadiga, frenagem pós-colisão, retrovisor interno antiofuscante, porta-luvas refrigerado, sensores de luz e chuva e quadro de instrumentos digital.
Fonte: G1/Auto Esporte