Herbert Diess, presidente da Volkswagen, confirmou que a planta de Puebla, México, fará um novo crossover “compacto”. O executivo alemão não confirmou que modelo é, mas disse que ele será feito inicialmente na China e será vendido nos EUA. Para bom entendedor, seu nome é Tharu, mas ele também pode ser chamado de Tarek. A revelação apenas mostra que a estratégia da VW, descoberta através de rumores, era verdadeira.
Segundo Diess, o nome do produto está indefinido no momento e pode ser outro no mercado americano. Nesse caso, há uma boa chance de ser Tarek, designação revelada pela Volkswagen na Argentina. Com este utilitário esportivo, que deve começar a ser produzido na planta latina em 2020, assim como na hermana e na Rússia, a marca germânica fecha uma gama de SUVs para atuar bem nos EUA e ajudar a apagar de vez o Dieselgate. O Tarek/Tharu ficará abaixo do Tiguan e será a opção de acesso por lá.
Na lista, a Volkswagen “América” contará com Tarek, Tiguan, Atlas Coupe, Atlas e talvez o Touareg, embora a marca tenha dito que ele não voltaria aos EUA. De qualquer forma, quarteto ou quinteto, o grupo reforçará o time da VW em um mercado onde quem manda no momento são os SUVs e crossovers. Por ora, o que se pode esperar do modelo nos states é o uso do motor 1.4 TSI de 150 cavalos e/ou 2.0 TSI com 184 cavalos.
Medindo 4,44 m de comprimento e 2,68 m de entre-eixos, o Tharu é um SUV de porte médio em nossa classificação brasileira, ocupando exatamente o lugar da antiga geração do Tiguan e equivalente ao modelo europeu atualmente em produção. Desse modo, por ser mais barato em termos de projeto, ele mira exatamente o Jeep Compass, que é apenas alguns centímetros menor (4,41 m x 2,64 m). O utilitário esportivo feito em Goiana-PE é o atual líder do segmento no Brasil.
Por isso aqui, o Volkswagen Tarek deve ser servido com motor EA211 1.4 TSI Flex de 150 cavalos e câmbio Tiptronic ou DSG para rivalizar com as versões flex do Compass. O problema é que ele não deve bater nas opções movidas a diesel do SUV da Jeep. Dificilmente a VW vai introduzir seu motor 2.0 TDI com 170 ou 180 cavalos a bordo do argentino (lá talvez) para brigar com o Multijet II 2.0 de 170 cavalos do pernambucano. Isso significaria introduzir o sistema de tração 4Motion para fazer frente ao líder, mas quebraria a regra dos SUVs da marca por aqui, que só usam gasolina.
Fonte: Noticias Automotivas